O que podemos esperar do novo álbum da Demi Lovato?

                                            
Divulgação

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Essa semana, Demi Lovato anunciou, oficialmente, que o seu novo álbum "Dancing With The Devil: The Art Of Starting Over", chega às plataformas digitais no dia 02/04. A primeira parte do nome do disco é igual ao título do seu documentário, que chegará ao YouTube em episódios semanais a partir do dia 23/03. Um dos aspectos que mais chama atenção na estética são as diferentes capas que cada versão do CD ganhou.

Demi também foi capa da revista Glamour esse mês, além de ter concedido entrevista ao The New York Times, de modo que já podemos ter uma ideia do que esperar dessa nova era.

Em termos de informações mais concretas, já sabemos que o álbum contará com 19 músicas na versão standart, além de 3 faixas bônus. Também foi divulgado que o LP contará com três parcerias femininas, sendo uma delas Ariana Grande, que contribuirá para a canção "Met Him Last Night".

A música "Anyone", revelada em performance no GRAMMY de 2020, integrará a tracklist. As faixas 3 e 4 também já tiveram seus nomes revelados e são, respectivamente, "I See You (ICU)" e "The Art Of Starting Over". A sigla ICU é utilizada em inglês para se referir a intensive care unit, ou como chamamos no Brasil, unidade de tratamento intensivo (UTI). A cantora confirmou que essa canção falará do período que passou em tratamento no hospital após sofrer uma overdose que quase tirou sua vida, em 2018.

Isso é o que sabemos de forma mais objetiva sobre o novo disco. Contudo, dado o tom honesto e vulnerável das recentes entrevistas que Demi tem concedido, podemos esperar um álbum bastante emotivo e revelador. Ao longo de sua carreira, a cantora sempre foi aberta sobre suas batalhas com a saúde mental e os seus vícios.

Esse mês, Lovato falou, pela primeira vez, sobre os resultados da overdose que sofreu. Ela contou ao The New York Times que sofreu três derrames, um ataque cardíaco e falência de órgãos. Demi revelou, ainda, que o ocorrido afetou sua visão, deixando-a com pontos cegos que a impedem até hoje de dirigir. A cantora disse, também, que sofreu abuso sexual de um traficante na noite da overdose. 

No ano passado, Demi chegou a ficar noiva do ator Max Ehrich, mas terminou o relacionamento ao se dar conta de que não o conhecia de verdade. Outro fator que contribuiu para o término foi o processo de descoberta de sua sexualidade. A cantora tem falado mais abertamente sobre ser queer. Ela deixa claro que não quer se etiquetar nesse momento ou se submeter a qualquer padrão, visto que ainda está explorando esse aspecto de sua vida. 

Dado tudo isso, podemos esperar um disco honesto e emocionante. A colaboração com Ariana Grande, "Melon Cake", parece fazer referência à história que Demi contou sobre receber um pedaço de melancia como bolo de aniversário. Era assim que sua antiga equipe lidava com seu distúrbio alimentar. 

Falando mais de estilo musical propriamente dito, ainda não sabemos exatamente o que esperar. No início de sua carreira, Lovato flertava com o pop punk e, ao longo dela, chegou a experimentar influências R&B. No entanto, a cantora chegou a dizer ao The New York Times que não gosta de ouvir seus álbuns "Demi" e "Confident" porque eles não são uma representação verdadeira do seu estilo.

Demi diz que, nessa época, estava cedendo ao que achava que fazia sucesso na música pop, mas que não era fiel ao que realmente queria. O que podemos esperar, então, é um estilo mais autêntico, uma representação fidedigna de sua personalidade e da sua arte. 

Ontem, Lovato anunciou que a faixa "Dancing With The Devil" será lançada no dia 26/03, dia da estreia do documentário que leva o mesmo nome. Sendo assim, teremos uma ideia melhor da linha sonora que esse novo disco deve seguir.

Fato é que Demi Lovato é uma sobrevivente e um exemplo de resiliência, e esse novo disco deve representar isso muito bem.

Continuem nos acompanhando por aqui e nas redes sociais para saber de tudo dessa nova era da Demi!