REVIEW: Poster Girl - Zara Larsson

 

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Hoje, 05/03, a cantora sueca Zara Larsson lançou seu segundo álbum de estúdio "Poster Girl", cerca de 4 anos após seu projeto anterior, intitulado "So Good". O álbum conta com 12 faixas inéditas.

A faixa de abertura, "Love Me Land", tem todas as características de um sucesso pop. Apesar de não ousar muito no quesito letra, o refrão embalado por violinos rapidamente se instala na sua cabeça.

A música seguinte, "Talk About Love", conta com participação do rapper Young Thug, repetindo a já conhecida fórmula de sucesso: cantora pop + rapper. A quebra de ritmo é bem vinda, ainda que a melodia do refrão seja muito agradável. Podemos ouvir ao fundo os vocais impressionantes da cantora.


"Need Someone", a terceira faixa, começa em uma frequência diferente das anteriores, mas rapidamente se adequa ao ritmo pop intoxicante que vínhamos ouvindo até aqui. Também de fácil digestão, os vocais suaves de Zara garantem que a faixa possa ser colocada no repeat sem nos cansar.

Em seguida, a faixa "Right Here" começa mais simples, com a voz de Larsson em destaque. Gradualmente podemos ouvir mais elementos ao fundo até alcançar o primeiro refrão, ponto alto da faixa. Arrisco dizer que esse é o melhor refrão que ouvimos até aqui, apesar de todos eles serem fortes concorrentes. 

A quinta faixa "WOW", diminui um pouco a marcha mas ainda é memorável, com uma produção inusitada, empregando vocais distorcidos que criam uma atmosfera lúdica. Curiosamente o título da música não é uma palavra de destaque, aparece apenas ao fundo, falada por uma voz distorcida.

A sexta faixa carrega o peso de dar nome ao disco, "Poster Girl", e não decepciona. Com mais um refrão emblemático, a música se adequa a tudo que eu esperaria de um sucesso pop. 

Embalada pela voz distorcida da cantora repetindo o nome da faixa, assim começa "I Need Love". A sétima faixa notadamente toma um tom diferente das demais, até mesmo por sua composição mais melancólica. Apesar de demonstrar uma vulnerabilidade maior, a faixa é um pouco repetitiva.

"Look What You've Done" volta a ditar um ritmo um pouco mais acelerado ao disco. A transição não é brusca, o início da música casa muito bem com a faixa anterior. A oitava canção tem um quê retrô muito bem-vindo.

Quando comecei a me perguntar: "cadê a balada?", chegou "Ruin My Life". A nona faixa volta a mostrar um lado mais vulnerável da cantora. Também um pouco repetitiva, a balada emprega perfeitamente os vocais de Zara, sempre muito agradáveis ao ouvido.

A décima canção, "Stick With You" vem lentamente reintroduzindo um som mais comercial, até chegar no refrão, um mid tempo suave. Apesar de não ser tão escancaradamente pop como outras faixas do disco, o som me remete muito ao tipo de música que vem sendo sensação em apps como o TikTok.

Em "FFF" o ritmo volta a decolar, com uma produção mais animada. A sigla, nesse caso, representa a frase falling for a friend (traduzida livremente como "se apaixonando por um amigo"). Ao meu ver essa faixa tem tanto potencial de sucesso que quase soa familiar. A impressão que fica é: essa música ainda não é famosa? Devia ser. 

Fechando o disco, "What Happens Here" reverbera uma mensagem de liberdade. Zara se declara livre de amarras e reforça que faz o que quer, independente das consequências. Na minha opinião, não é uma das faixas de destaque do disco, apesar da voz incrível da cantora na ponte. 

De uma forma geral, para mim o disco comprova que Zara Larsson entende muito bem o gênero pop e o executa com maestria. O álbum carece de letras mais profundas, mas não acho que isso seja uma característica essencial em todo o tipo de música. A proposta aqui parece ser entreter e entregar músicas que não vão sair do repeat, e ela foi cumprida.