ENTREVISTA: Clarissa fala de criação do primeiro EP e filme "Ana e Vitória"

Clarissa lançou seu primeiro trabalho autoral, o EP autointitulado "Clarissa", em Junho deste ano.



A artista Clarissa deu um importante passo em sua carreira musical neste primeiro semestre de 2021: o lançamento do seu primeiro EP. O projeto autointitulado, contém cinco faixas - todas com créditos de composição de Clarissa, foi muito aguardado por seus fãs, que costumam vê-la cantar na maioria dos projetos artísticos que está envolvida. 

Um dos destaques de sua carreira e seu cartão de visitas para o grande público, foi integrar o elenco do filme "Ana e Vitória", longa-metragem de 2018, protagonizado pelas meninas do duo Anavitória, em que Clarissa interpreta o papel de Cecília, par romântico de Ana na trama. No filme, Clarissa teve a chance de cantar algumas músicas do disco "O Tempo É Agora", álbum que foi apresentado ao público em conjunto com o filme. 

Deste então, Clarissa vem apresentando muito do seu lado musical em suas redes sociais. Ela costuma publicar covers de artistas como Chico Buarque, Lô Borges e Milton Nascimento. 

Ainda em 2021, porém antes do lançamento do EP, a carioca já presenteou aos fãs com algumas músicas. Ela participou do relançamento de "Estrelas", sucesso de Oswaldo Montenegro, regravado pelo próprio com a adição dos vocais de Clarissa. Bem como "Guaxinim", faixa da trilha sonora do filme "Me Sinto Bem Com Você" - que está disponível no Prime Video, que Clarissa interpreta junto à Gabz

Entrevista

Você já vinha ensaiando essa entrada na carreira musical, primeiro com o filme Ana e Vitória e depois com algumas colaborações. Como tem sido a experiência de finalmente estrear seu projeto autoral? 

Tudo foi tomando seu tempo, eu cresci muito tanto como cantora quanto como compositora desde 2018, quando fizemos o filme. Foi um processo delicioso ir entendendo aos poucos quem eu seria como artista de modo geral, e acho que ainda estou descobrindo todos os dias. Tem sido uma aventura, na verdade.

Você é conhecida pela sua carreira na atuação. Acredita que o anúncio de suas músicas autorais pegou muita gente de surpresa? Qual foi a recepção do lançamento do EP?

Acho que algumas pessoas já esperavam, mas mesmo essas estavam achando estranha a demora (risos). É muito difícil dizer quem é que entra e quem sai do meu perfil, quem me conhece como atriz ou como cantora (por conta dos vídeos no Instagram). Então, sim, acho que pegou muita gente de surpresa!

O que você mais gosta de ouvir? Seus artistas favoritos influenciaram no processo criativo do EP? 

Escuto muito pop, pop alternativo, indie, rock, funk, samba… Eu sou de verdade muito eclética e quero colocar muito disso nas próximas músicas. Alguns artistas que eu posso citar são Beabadoobee, Billie Eilish, Willow, Anavitória…

Você participou da composição de todas as faixas do EP e escreveu, de modo geral, com o mesmo grupo pequeno de pessoas. Como rolou essa parceria? Pra você é importante essa constância de trabalhar com as mesmas pessoas? 

A Bárbara Dias foi apresentada pra mim pelos meninos (Pepê Santos, Julio Raposo e Uiliam Pimenta) e a parceria fluiu demais, ela é uma garota incrível e me ajudou demais na estrutura das músicas. Ainda quero criar muito com essas pessoas, mas ainda quero colaborar com muitas outras pessoas e explorar muitos sons diferentes.

Qual faixa foi a mais difícil / demorada de escrever? 

“Bem Me Quer, Mal Me Quer”, a estrutura dela foi difícil de entender no início e eu queria dizer MUITA coisa nela, encontrar uma forma de fazer isso de forma sutil e que casasse com a música também foi complexo. 

Imagino que seja difícil escolher as faixas que chegam à versão final de qualquer projeto, sobretudo de um EP, que tem uma tracklist mais enxuta. Como foi esse processo de escolha? Ficou pra trás alguma música que você gostava? 

Foi mais um processo de entender o que casava mais com as músicas que já estavam 100% dentro e também escolher músicas que conversassem esteticamente, mas foi bem fácil, algumas ficaram de fora pra entrar depois, mas nenhuma ficou pra trás. 

Nós do Periódico fomos apresentados a você ao assistir o filme "Ana e Vitória". Como foi participar desse projeto e como a visibilidade dele impactou na sua carreira e vida? 

Foi extremamente importante pra mim e posso dizer que foi meu pé na porta no mundo da arte, tanto como atriz quanto como cantora. Aprendi muito ali e até hoje recebo muito carinho por conta dele, foi o que impulsionou a minha carreira 

O vídeo de "Bem me quer, mal me quer" está belíssimo e repleto de detalhes que fazem referência ao que você traz na letra da música. O que te levou a escolher essa faixa para ser a primeira do projeto a ganhar clipe? 

Foi uma decisão em conjunto com a MoodStockMusic, a gente achou que ela era a que mais representava o EP como um todo e também tinha muito potencial de narrativa para um clipe!


Você fez o roteiro do clipe. Esse processo está ligado à escolha de figurino/maquiagem ou são visões que nascem separadas? 

As referências de maquiagem foram minhas, de figurino foi um trabalho conjunto meu, do Matheus e da Juliana (Figurinista), gosto muito de fazer parte desse tipo de escolha. 

Se você tivesse que apresentar seu trabalho pra alguém que não te conhece, quais 3 músicas você colocaria no seu "cartão de visitas" para essa pessoa escutar? 

"Ela", "Bem Me Quer, Mal Me Quer" e "O Vento Leva, O Vento Traz". mas muito difícil essa pergunta! (risos)