ENTREVISTA: Giuliano Eriston conta detalhes de seu álbum de estreia

 Ganhador do The Voice Brasil 202, Giuliano Eriston, lança seu primeiro disco


Depois de ganhar o The Voice Brasil no ano passado, guiado por Michel Teló, Giuliano Eriston deu um grande passo na sua carreira -  o lançamento do seu primeiro álbum de estúdio. Assim como em sua trajetória no programa, o cearense traz muito ritmo e musicalidade brasileira ao seu som. 

"Universo Em Si" é disco de 14 faixas que transitam entre xote, forró, mpb e outros ritmos tipicamente brasileiros, com influências que carrega desde sua infância. Conversamos com Giuliano, que nos contou detalhes da criação do seu primeiro trabalho. Vem conferir nosso bate papo! 

Entrevista

O seu álbum de estreia carrega como título "Universo em si". Como foi o desenvolvimento e a escolha do nome desse projeto tão importante pra você e sua carreira?

A ideia do nome do disco veio de Victor Kelly. O desafio de colocar o nome nesse disco era, como expressar em poucas palavras a diversidade coesa que o disco tem, uma vez que as músicas que o compõem têm características bem distintas mas que juntas formam uma unidade, daí Victor teve a ideia de extrair o nome de uma das frases de "Tua linguagem", que é um das canções preferidas dele no disco e resolveu perfeitamente a questão.

 O seu disco é uma coleção de 14 musicas autorais. Isso é incrível! A composição sempre fez parte da sua trajetória musical? 

Acho que a primeira vez que compus alguma coisa na vida, eu tinha uns 9 anos, foi uma espécie de jazz instrumental, mas que não funcionou muito bem, não era muito forte, portanto deixei a composição de lado. Mais tarde, com 12anos de idade, tive que montar um show só meu para apresentar no festival Choro Jazz e isso me estimulou a tentar compor novamente e foi a primeira vez que tive a oportunidade de tocar músicas minhas para um público. Tocamos 3 composições minhas, mas todas instrumentais. Bom, se for contar cada detalhe desse processo a história ficar longa, mas com 14 anos, para conquistar uma menina que estava apaixonado comecei a compor canções e essa foi a primeira vez que me arrisquei no universo da palavra. Depois disso, continuei compondo e aprendendo mais teoria, para expandir meus recursos, mas o começo foi por aí.

É notório que as faixas do álbum passeiam por suas inspirações em ritmos brasileiros como MPB, forró, xote, chacareira e outros. Como esses gêneros musicais marcaram sua vida e como os escolheu para ser o tipo de música que você cria? 

Meu pai é músico e ele foi uma pessoa que batalhou para tocar esse tipo de repertório nos seus shows, uma vez que na cidade onde morávamos e que foi a cidade em que nasci, não tinha muito espaço para tocá-la. Minha mãe também sempre gostou muito de ouvir Elis Regina, Flávio Venturini. Então essas influências vieram do berço e à medida que fui crescendo como músico acabei me engajando mais com músicos desse universo, o que reforçaram muito esse gosto e estilo de música em mim. Mas sou uma pessoa que gosta de ouvir todo tipo de som e isso, eu acho, faz parte do espírito dos compositores de MPB.

"Universo em si" também conta com as participações especiais de Mariana Aydar, Pretinho da Serrinha, Carlos Malta e Kassin. Como se deu a construção dessas parcerias? Como você se conectou com esses artistas em específico para a produção do seu disco de estreia?

Exceto o Carlos Malta, todas as participações foram de pessoas que eu não conhecia pessoalmente mas sempre admirei seus trabalhos e à medida que fomos montando o repertório e pensando quem seria legal chamar para encorpar o álbum, esses nomes foram vindo e para minha alegria eles toparam!

E entre tantas parcerias, ainda há alguma que vocês têm o sonho de fazer? 

Sim, sonho em fazer parceria com a MARO que é uma cantora portuguesa que admiro muitíssimo. Também com Caetano Veloso, mas aí não sei se é ser pretensioso demais, mas em sonho não faz sentido por limite, né?

Você compôs "Conversa Calada" quando tinha 16 anos e hoje, finalmente, compartilha essa canção com o mundo. Qual a sensação de saber que suas músicas agora vão chegar tão longe e tocar tantas pessoas?! 

É muito estimulante, dá uma certa aflição de querer saber até onde elas vão chegar, se algum grande artista vai regravá-la, se ela fará parte de alguma novela, se vai cair na boca do povo e daqui a 30 anos eu me depare com alguma roda na praia que tenha uma pessoa tocando violão e cantando uma música minha, todas essas coisas rodam a minha cabeça, mas no presente já estou muito feliz com o feedback que tenho recebido, pois as pessoas têm falado que minhas músicas à trazem muita paz, que choraram ouvindo minha música e saber que minhas músicas provocam essas sensações já me deixa muito feliz.

Para quem ainda não conhece o seu repertório, quais 3 músicas suas você para recomendaria para começar a ouvir o teu som?

Eu às indicaria Nova beira-mar, Todo amor e O que cabe na mão, pois são três músicas que acho que resumem bem os moods que o disco tem e são músicas que me orgulho de ter composto.


Ouça "Universo em Si", disponível agora em todas as plataformas de música.